quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Nunca se doe ao trabalho

2 vezes nesse ano em que a empresa que eu dediquei boa parte da minha vida profissional me decepcionou:

O calote - obrigatoriamente, cada vez que se fazia hora extra, precisava resumir o que fez e pra qual cliente. Num fechamento de mês, recebi o e-mail de que aquele cliente X que estava entre os outros não iam me pagar pois o cliente não estava pagando a empresa.

Poxa, se a empresa não está sendo paga pelo serviço, porque deram andamento e ainda com prazos? Eu vou lá saber? No fim das contas, o rh quase inoperante corrigiu o diretor e disse que não era possível retirar os minutos daquela hora extra por esse motivo.


O rebaixamento - aconteceu comigo uma situação que eu nunca imaginei vir deles. Me deram o cargo de coordenação do setor, me deram um aumento salarial, porém sem atualizar o cargo na carteira de trabalho, me apresentaram a clientes e a equipe e autorizaram um anúncio impresso no jornal. 3 anos depois mudaram a forma de trabalho na empresa. Me devolveram ao meu cargo anterior. Me chamaram de sênior e disseram que agora eu tinha 3 passos como plano de carreira na empresa. Pra chegar onde eu já estava até 1 mês atrás. Com risco de nem chegar lá a tempo antes de eu sair da empresa.



Foi bom eu ter entendido, antes tarde do que nunca, que nenhuma empresa vai valorizar você em todo momento e até o fim. No fim das contas, quando você se opor ou pensar diferente deles ou deixar de servir ao que eles querem, eles vão começar a cortar você, a tirar coisas de você de forma silenciosa e a extrair todo o ânimo que um dia existiu em você.


Hoje eu não sou mais só grata a empresa que eu estou. Hoje eu acordo desanimada todo dia pra trabalhar. Hoje eu faço qualquer outra atividade durante o expediente.


Pensei de verdade e é uma vontade que ainda é grande dentro de mim: a vontade de pedir as contas. Mesmo sem outro emprego ainda. Porque eu sinto todo dia que esse lugar está acabando comigo e com a minha vontade. E isso não me ajuda a seguir em frente. Nem dentro da empresa. Nem me preparando pra sair.


Me sinto no fundo do poço profissional, e até pessoal, pra falar a verdade.

A vontade é de gritar, a vontade é de largar tudo, a vontade é de ficar deitada sem fazer nada, sem pensar em absolutamente nada, só ficar ali. No silêncio. Sozinha.


Não há vontade de sair de casa, de interagir com as pessoas.

Minha bateria social se esgota muito rápido.

Eu conto os minutos pra voltar pra casa, pra focar quieta, pra ir deitar.


Hoje eu meditei muito pouco, mas já foi um passo. Hoje eu senti vontade de chorar e tive os olhos em lágrimas.

São tantas coisas na minha cabeça que eu não sei mais como lidar, o que fazer, como sobreviver.

quarta-feira, 22 de junho de 2022

O namorado feio

Eu já namorei um feio.

Eu me perguntava porque eu estava com ele. Tinha uma certa vergonha de andar junto. 

Um dia ele me pediu um tempo. Eu fiquei sem entender como tinha chegado naquilo e como eu estava apegada a ele.

Era impossível, mas aconteceu.

Descobri que ele pediu um tempo pra tentar ficar com uma mina que fazia inglês com ele. Me senti a última trouxa de Mogi.

Sofri, chorei, pedi pra voltar. O pacote de vergonha completo. 

Ele, sem sucesso na nova jornada, voltou. 

Eu mostrei que sabia o motivo do tempo, ele assumiu. Passou semanas e eu percebi que nem gostava dele, terminei e fui ser feliz.

No fim, ele ficou sem as duas. Sofreu. Correu atrás de mim, e eu, me afastei.

Acabei namorando com um cara mais velho, que tinha uma moto e me tratava superbem.

O ex-feio vinha atrás, tentava me beijar, me abraçava, dizia que nossa história não tinha acabado. Que eu estava me enganando em estar com o outro.

Ele sofreu por uns meses e superou. Namorou uma menina por anos e hoje somos amigos. Sem sentimentos intencionais, só amizade e querer bem.

Hoje eu entendo o porquê namorei o feio. 


sábado, 7 de agosto de 2021

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Acho que eu vou ter que voltar 100% pra cá pra não falar ou escrever demais.

Me fechar e parar de jogar problemas e lamentações pras pessoas que me cercam.

Fingir que está tudo bem enquanto isso não tem fim.

Talvez o fim

Pela primeira vez eu cogitei o meu fim.

Calculei enquanto voltava no carro quantos remédios tinham e o que talvez eu poderia tomar.

É louco.

Porque você não vê saída.

Não vê solução.

Perde a vontade.

Perde o apetite.

Perde tudo.


Quem vê a máscara, não imagina que as coisas estão um caos na minha cabeça.


Eu estou cansada.

Cogito o fim.



domingo, 1 de agosto de 2021

Saudade daquele beijo

Na verdade, a saudade é de tudo.

De você. Do seu toque. Do seu cheiro. Das suas mãos. Do quão quentinho você é. Do seu abraço... ah o seu abraço... que me dava a sensação de que o mundo podia acabar, mas ali eu estaria segura.

Adorava suas risadas, fazer cócegas e sentir sua respiração.

Eu sempre amei você. Desde o primeiro instante.


E o nosso beijo? É a perfeição.

Seus lábios tocando os meus são maravilhosos. Desde sempre foi uma sintonia incrível.

E, apesar de parecer clichê, não sei como viveria sem eles.

Adoro seus dentinhos, seu chamego, adoro você completo. 100% você. 

Sem contar o sexo. Mas esse nem vou ficar lembrando porque aí preciso pedir as contas desse mundo.


Fica comigo nessa e em outras vidas. Diz que você quer assim como eu quero. Diz que me ama e que vamos ter a nossa vida.


Carinhosamente,

sua fã.

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Pesadelo sincronizado

Eu não sei se diria que tive pesadelo hoje também.

No sonho você tinha outra pessoa que estava conversando e se sentia bem, que tava deixando fluir, que conheceu sua mãe e os cachorros.

E você mostrou slides de fotos dessa pessoa.

E no final estava escrito que: só seria feliz de verdade me amando.

Eu te perguntei se você tinha sentimentos por ela, se você já falava com ela antes. E você só me olhava, sem resposta.

Acordei mal e triste, pensando que você arrumaria outra pessoa em breve e seguiria em frente (Isso se já não tiver alguma pessoa que você anda conversando)

Não sei se teria coragem de dizer pra você que eu tive recaída hoje e pensei muito em nós.

Não sei exatamente o que você espera de mim. Mas sei o que espero de você.

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Rapidinha: TV

Chego em casa, cansada após um dia extenso de trabalho. Ouço que a TV paga vai aumentar mais 200 reais, segundo reajuste em pouco tempo.

Meu pai chega e fala:
- vou tentar por o canal X que eu gosto na smart pra poder cancelar a assinatura. Vem ver aqui. Tá pausado a tela.

- mas pai, é possível isso? Nunca vi.

- é sim, eu fiz lá, só não sei porque tá pausado.

Vou até lá pra ver o que ele estava fazendo.
Vejo a seguinte cena:
Navegador aberto
Dentro do Google
Na aba de imagens
E um print em baixa qualidade do programa que ele gosta.

Ele, crente que ia funcionar e o canal tava pausado. Eu, pensando em como ia falar pra ele que não tinha nada a ver o que ele fez.